domingo, 27 de abril de 2008

Um caminho inevitável

Boa noite amigos!

O que escrevo aqui pode parecer bem abstrato, quase ininteligível, até mesmo maluco e sem sentido.
Apenas os que conseguem superar a ignorância que nos é oferecida pode entender do que se trata.


Um Caminho Inevitável


Sentada, estava a garota, sem fugir à regra,
Pensando...
Num canto escuro, escolhido com gosto.
Com o olhar perdido, que de perdido nada tinha.
Onde de repente, surgiu,
A mais brilhante de todas as idéias,
Assim pensava ela.
Descobriu que podia ser tudo e todos,
Mas que não precisava ser nada,
Porque ser nada, é tudo,
E diante de todas as condições,
Querer habitar o nada.
Liberdade.
Procurando ser o que é,
Num longo caminho,
Pediu ao tempo uma espera,
E esse diálogo foi assim:

- Hei! Não vai?
- Talvez um dia, quem sabe! Você não pára pra eu decidir!
- Quanto você quer de mim? 1 minuto, um dia, uma vida? Mas vai logo, decide, não posso esperar, quando decidir, aí, estará feito, sem volta. Não adianta reclamar, porque não posso voltar.
- Bom, visto essas condições, acho melhor pensar mais um pouco, não se pode decidir algo assim, já que é irremediável. Assim que decidir te conto.
Peraí! Não vai! Já decidi...
Cadê você?
O que?
Acabou o tempo?
Mas...

Então, lá se foi,
A chance de encontrar,
O real sentido do nada.
E a garota se viu presa às futilidades desse mundo.
Trabalho, estudo, coisas.
E o tudo lhe tomou conta, por inteira.
E lá está ela, escrava.
Mais uma na multidão de servidores.

sábado, 26 de abril de 2008

Momento Hamlet

Boa Tarde amigos !!!

Hoje publico aqui um texto super famoso de Shakespeare.
Hamlet é uma obra clássica e permanentemente atual pela força com que trata de problemas fundamentais da condição humana.

Muitas vezes me pego pensando como Hamlet, tem dias onde penso que não se pode suportar tantas as incertezas e afrontas desse mundo.

"Ser ou não ser - eis a questão.
Será mais nobre sofrer na alma
Pedradas e flechadas do destino feroz
Ou pegar em armas contra o mar de angústias -
E, combatendo-o, dar-lhe fim ? Morrer; dormir;
Só isso. E com o sono - dizem- extinguir
Dores do coração e as mil mazelas naturais
A que a carne é sujeita; eis uma consumação
Ardentemente desejável. Morrer - dormir -
Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando estivermos escapados ao tumulto vital
Nos obrigam a exitar: e é essa reflexão
Que dá à desventura uma vida tão longa.
Pois quem suportaria o açoite e os insultos do mundo.
A afronta do opressor, o desdém do orgulhoso,
As pontadas do amor humilhado, as delongas da lei,
A prepotência do mando, e o achincalhe,
Que o mérito paciente recebe dos inúteis,
Podendo, ele próprio, encontrar seu repouso
Com um simples punhal ? ... "

Hamlet - de William Shakespeare

sábado, 19 de abril de 2008

Total

Bom Dia, queridos leitores (se é que alguém ainda passa por aqui), estive muito ausente, na verdade pensei até em fechar esse blog, mas me faltou coragem, tantas coisas pensadas e apenas algumas colocadas aqui, acho que não seria justo, não é mesmo ? (pelo menos comigo mesma...rs)
bom... quero publicar aqui hoje um poema de João Guimarães Rosa.

Total

Todos estão loucos, neste mundo ?
porque a cabeça da gente é uma só,
e as coisas que há
e que estão para haver
são demais de muitas,
muito maiores diferentes,
e a gente tem de necessitar de aumentar
a cabeça,
para
o
Total.