terça-feira, 5 de outubro de 2010

Os homens deviam ser o que parecem !!!

Uma frase: "Os homens deviam ser o que parecem, ou pelo menos, não parecerem o que não são."
Eu gosto da verdade, pura, mesmo que seja dura. Com ela se aprende e muito. Gosto de quem me magoa com a verdade. Não gosto de ingratidão, falsidade ou hipocrisia. Quem neste mundo, por mais falsário que seja, admitiria gostar de uma falsidade? ninguém admite que age com falsidade, não é mesmo?

O ser humano, por querer ser na sociedade sempre bem visto, ser admirável ou alcançar objetivos, consequentemente vai agir encobrindo algumas próprias verdades que julga ser ruim, acho que isso é natural. O que não acho natural é como muita gente tenta parecer algo totalmente diferente do que se é. Mas o que isso tem de bom é que dura pouco, logo se percebe a verdade, logo as máscaras caem, e a mediocridade vem à tona.

Um desabafo: de repente eu olho em volta e só vejo maldade nesse mundo. Antes eu pensava que a maldade estava apenas nos olhos de quem via, mas vi que não é bem assim, estou muito triste. Eu to cansada, de tudo. Queria sair pela porta dos fundos, sem ninguém perceber, sem dizer adeus, e apenas ir.

Rosane Toledo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Insônia

Tenho que concordar. Impossível fugir de si, sempre disse isso aqui. Então sou obrigada a conviver comigo mesma. Agora preciso dormir, não me falta sono. Me falta paz.

Em provocações (TV Cultura), Antônio Abujamra entrevista a filósofa Márcia Tiburi:
A melhor parte: "A vida é um caso perdido... o mundo já se acabou".

"DEVAGAR, O TEMPO TRANSFORMA TUDO EM TEMPO. O ÓDIO TRANSFORMA-SE EM TEMPO. O AMOR TRANSFORMA-SE EM TEMPO. A DOR TRANSFORMA-SE EM TEMPO. OS ASSUNTOS QUE JULGAMOS MAIS PROFUNDOS, MAIS IMPOSSÍVEIS, MAIS PERMANENTES E IMUTÁVEIS, TRANSFORMAM-SE DEVAGAR EM TEMPO. MAS, POR SI SÓ, O TEMPO NÃO É NADA, A IDADE NÃO É NADA, A ETERNIDADE NÃO EXISTE." José Luís Peixoto


Insônia

Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.

Espera-me uma insónia da largura dos astros,
E um bocejo inútil do comprimento do mundo.
Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,

Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite
— Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!

Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!

Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo,
E o meu sentimento é um pensamento vazio.
Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada,
E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.

Não tenho força para ter energia para acender um cigarro.
Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo.
Lá fora há o silêncio dessa coisa toda.
Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer,
Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.

Estou escrevendo versos realmente simpáticos—
Versos a dizer que não tenho nada que dizer,
Versos a teimar em dizer isso,
Versos, versos, versos, versos, versos...
Tantos versos...
E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!

Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstracção de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo — sei lá salvo o quê...

Não durmo. Não durmo. Não durmo.
Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma!
Que grande sono em tudo excepto no poder dormir!

Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança,
Segundo a velha literatura das sensações.

Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
O meu cansaço entra pelo colchão dentro.
Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.
Vem, madrugada, chega!

Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada...
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.

Sim, escritos no dia seguinte.
Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.
Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora.
Paz em toda a Natureza.
A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras.
Exactamente. A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras.
Costuma dizer-se isto.
A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece,
Mas mesmo acordada a Humanidade esquece.
Exactamente. Mas não durmo.

Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterônimo de Fernando Pessoa

terça-feira, 7 de setembro de 2010

die die my "dear"

Die Die my Dear !!!

Vi essa música num post de um blog, e concordei com o autor.


Ela se encaixa para algumas pessoas. Acho que ficamos assim quando nos sentimos traídos, desrespeitados. Claro que eu não quero que essas pessoas morram, mas com certeza não precisam ficar próximas a mim ;)

Esses dias me senti assim, totalmente desrespeitada.
E ao causador da minha ira momentânea, ofereço essa música.

Die Die my Darling - Metallica


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Me cativa !

Em meio a uma multidão, todos são iguais.
Cativar significa "criar laços".
Me cativa !
"... se tu me cativas teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."


Conversa entre a raposa e o pequeno príncipe.

"... Raposa :
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem, e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.(...) será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me ! - disse ela.
- Bem quisera - disse o principezinho - mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me !
- Que é preciso fazer ? - perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto..."


do livro, O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Campanha: Adam Lambert - vira homem por favor !!!

Adam Mitchel Lambert, é um cantor, compositor e ator dos Estados Unidos, que terminou como segundo colocado do American Idol 2009.


É lindoooo de morrer, chamarmosíssimo, inteligentíssimo, tudo de íssimo que um homem poderia ter.... já tá desconfiando ? é isso mesmo... homossexual assumidÍSSIMO...


Ai ai.. que triste... Mais uma vez tenho que dar razão ao maior sábio deste século: Murphy !!! (leia logo abaixo).




Aqui até poderia se passar por "macho", pois está parecendo um homem carente pedindo colo.


Veja o vídeo do gato, vale muito a pena porque ele canta muito (desperdiço meu precioso tempo todo dia só pra ver essa coisinha linda cantar...rs).


O que a Lei de Murphy nos ensina sobre os homens:

1 - Os homens simpáticos são feios.

2 - Os homens bonitos não são simpáticos.

3 - Os homens bonitos e simpáticos são gays.

4 - Os homens bonitos, simpáticos e heterossexuais estão casados.

5 - Os homens que não são lá muito bonitos, mas são simpáticos, heterossexuais e que não estão casados, não têm dinheiro.

6 - Os homens que não são lá muito bonitos, mas são simpáticos, heterossexuais, não estão casados, mas têm dinheiro, pensam que andamos atrás deles pelo dinheiro.

7 - Os homens bonitos, simpáticos, heterossexuais, mas sem dinheiro, andam atrás do dinheiro da mulher.

8 - Os homens bonitos que não são lá muito simpáticos, mas são heterossexuais e não ligam para o dinheiro, acham que a mulher não é suficientemente bonita.

9 - Os homens bonitos, simpáticos, heterossexuais, não casados, com dinheiro e que acham que somos lindas, são covardes.

10 - Os homens ligeiramente bonitos, algo simpáticos, não casados, com algum dinheiro e, graças a Deus, heterossexuais, que nos acham lindas, são tímidos e nunca dão o primeiro passo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

...



Na busca incessante pelo magnífico desconhecido deparamo-nos com surpreendentes aventuras em nossa longa jornada, mesmo passando por vales escuros e florestas sombrias a certeza de que a luz do sol nos iluminará novamente nos faz querer chegar ao cume do monte mais alto.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

avante, coragem !!!

"A grandeza não é onde permanecemos,
mas em qual direção estamos nos movendo.
Devemos navegar algumas vezes com o vento e
outras vezes contra ele, mas devemos navegar,
e não ficar á deriva e nem ancorados."

O Sonho

O sonho

"Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas."

Clarice Lispector

terça-feira, 27 de julho de 2010

o impulso II

Definição segundo o dicionário:
Impulso: necessidade imperiosa, muitas vezes irresistível, que leva certos indivíduos à prática de atos irrefletidos; ímpeto.

Meu impulso não é um ato irrefletido (às vezes sim) e funciona assim: eu penso, penso e penso mais. Daí concluo: não devo fazer isso, não há necessidade disso, não preciso disso, vou ter calma. No mesmo instante que reflito muito bem o que devo ou não fazer, me boicoto, arrumo uma desculpa das boas e vou lá e faço. Pronto, está feito.

Ontem escrevi que o ser humano deve controlar seus desejos e eu simplesmente não sei fazer isso. Nem sei de que me adianta tanta sensatez, se na hora que preciso dela, ela simplesmente desaparece. Acho que é mais uma artimanha do meu cérebro impetuoso.

É isso que me acontece quase que sempre, me vem uma necessidade irresistível de fazer algo, um querer tão intenso como se fosse caso de vida ou morte, daí, vou lá e faço.
Acontece que essa minha cólera ou extrema excitação (minhas amigas me dizem "vc enlouquece em 5 min"), na maioria das vezes prejudica alguém ou me machuca muito. Mas o que mais dói é ver que toda vez que faço isso me deixo tão à mostra que minha fragilidade fica toda exposta.

Esse texto é mais um impulso.... acho que não deveria me expor assim....

desejos

Sobre o desejo. Aonde quer que você esteja, ele sempre vai estar lá, à espreita, esperando uma oportunidade de dominá-lo.

Em "Quando Nietzsche chorou", de Irvin D. Yalom, numa conversa com Josef Breuer, Nietzsche diz:

"A sensualidade é uma cadela que morde nosso calcanhar! E quão habilmente essa cadela sabe mendigar um pedaço de espírito, quando se lhe nega um pedaço de carne (...). Assim, o problema não é que o sexo está presente, mas que faz outra coisa desaparecer: algo mais valioso, infinitamente mais precioso! O desejo, o estímulo, a voluptuosidade... são os escravizadores! A ralé desperdiça a vida como suínos alimentando a vala do desejo. (...) Grande paixão é necessária para derrotar a paixão! Homens demais foram despedaçados na roda da paixão menor. (...) Nossa responsabilidade para com a vida é criar o superior, não reproduzir o inferior. Nada deve interferir com o desenvolvimento do herói dentro de você. Se o desejo o impede, então também ele precisa ser superado."

"A ralé desperdiça a vida como suínos alimentando a vala do desejo", isso é tão forte e ofensivo, mas ao mesmo tempo muito verdadeiro. É só olharmos a nossa volta, quanta gente presa, andando em um labirinto sem nunca achar a saída, respirando sempre o mesmo ar medíocre da vida escravizadora em busca das paixões momentâneas. Deixam de contemplar e compreender o amor verdadeiro dando lugar às paixões e desejos inferiores. Penso que o desejo não deve ser o objetivo final, mas, deve ser necessário apenas para um início de uma busca maior.

Uma grande ilusão (e conheço pessoas maravilhosas que caíram nessa): "viva cada momento como se fosse o último", seguindo uma certa música "deixo a vida me levar, vida leva eu", nada contra quem quer viver intensamente, mas acho que se você não controla seus impulsos e desejos é porque não sabe pra onde quer ir, e se não sabe que rumo tomar, vai chegar a qualquer lugar, pois qualquer lugar serve, como um barco à deriva.

Ah meu Deus, não me deixe cair nesse labirinto. Que minha jornada seja da escuridão para a luz.


Filosofia do sucesso.

Preciso me fazer um favor: impregnar esse texto em mim, fazer com que o que está escrito ali faça parte do meu ser, sendo assim, jamais esquecer essa filosofia, que agora transformo em minha lei primordial.
Embora eu acredite que a verdade tem várias facetas, vou tomá-lo como uma verdade absoluta.


Filosofia do sucesso.

Se você pensa que é um derrotado, você será um derrotado.
Se não pensar "quero a qualquer custo", não conseguirá nada.
Mesmo que você queira vencer, mas pensa que não vai conseguir, a vitória não sorrirá para você.

Se você fizer as coisas pela metade, você será um fracassado.
Nós descobrimos, que neste mundo, o sucesso começa pela intenção da gente e que tudo se determina pelo nosso espírito.

Se você pensa que é um malogrado, você se torna como tal.
Se você almeja atingir uma posição mais elevada, deve, antes de obter a vitória, dotar-se da convicção de que conseguirá infalivelmente.

A luta pela vida, nem sempre é vantajosa aos fortes, nem aos espertos. Mais cedo ou mais tarde, quem cativa a vitória é aquele que crê plenamente: EU CONSEGUIREI.

Napoleon Hill

domingo, 11 de julho de 2010

Tired of being alone - Tarja Turunen

Tarja Turunen, cantora finlandesa, que ficou conhecida como vocalista da banda Nightwish. Atualmente segue em carreira solo.




Tired of being alone

Once, you dreamed of me, twice
you wished that i'd pull you out
you chose your life, and put me down
still you don't understand

Tired of being alone

what you have dreamed
is not what i am
so far
let me be the one
please understand me
how i am
but i don't want, to walk alone
i need your hands to warm my soul

Tired of being alone
Tired of being alone

i will do my best
to become your love
i'll try
to fill the emptyness
in our hearts
oh so tired of being alone

Tired of being alone

i want to feel, i need to fall in love with you

Tired of being alone

sábado, 10 de julho de 2010

mais um devaneio...

Hoje.
E já sei que é amanhã.
Mas não quero amanhecer.
Quero permanecer nessa noite insana.
Sempre procurando um sentido pra tudo isso, pra que ? Clarice Lispector tinha toda razão, tenho que concordar com ela e sou obrigada a me deixar em paz - com essa busca vã por respostas de questões que nunca serão respondidas.
"não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: eu quero uma verdade inventada".


terça-feira, 6 de julho de 2010

Uma miragem.


Pés cansados. Olhos aflitos. Coração amargurado.

O viajante caminha só.

Percorre um deserto sem almas, onde o sol; imponente e impiedoso, queima e suga seus últimos suspiros de esperança.

Na areia quente, de joelhos prostrados, ao longe pôde ver; entre uma onda fumegante de calor e a linha do horizonte, chamando pelo seu nome, um paraíso: um oásis. Lugar perfeito onde repousar sua alma cansada. Enfim, sua busca terminara.

Tomado por um ânimo repentino, sentindo que sua jornada havia ao fim chegado, o viajante correu...

Correu pra se jogar aos braços desse paraíso.

Correu...

E, deslumbrado, se joga em suas águas cristalinas.

Caiu...

Mas, sentiu na boca o gosto da areia quente, seca, sufocante e impiedosa.

Era só o que havia lá, a mesma areia a qual o viajante caminhou por toda a sua vida solitária.

Nada de oásis onde repousar.

Era apenas uma miragem.

Por um instante, o viajante; frustrado, quis ficar ali, deixar-se engolir pelo deserto. Mas, com a alma amargurada, levanta os olhos enegrecidos, e consegue ver, apenas em seu ser, um ponto de lucidez a lhe dizer que tudo é finito: a dor, a ilusão, a solidão, a mágoa e o deserto.

Tudo é finito.
Menos a persistência.
...
Rosane Toledo.
Hoje queria saber cantar essa canção.
Se quiser - Tânia Mara.
Se quiser fugir, pra qualquer lugar que for
Nem precisa me chamar, tão perto que eu estou
Esse medo de perder, não te deixa me olhar
Esqueça o que passou, que tudo vai mudar
Agora eu posso ser seu anjo, seus desejos sei de cor
Pro bem e pro mal, você me tem não vai se sentir só
Meu amor
Sempre que quiser um beijo eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão
Deixa eu te levar
Eu penso te tocar, te falar coisas comuns
E poder te amar, o amor mais incomum
Não deixo o medo te impedir, de chegar perto de mim
O que aconteceu ontem não vai mais repetir
Me deixa então estar contigo, seus desejos sei de cor
Pro bem e pro mal, você me tem não vai se sentir só
Meu amor
Se quiser
Sempre que quiser um beijo eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão
Deixa eu te levar
Me deixa ser real e te ajudar a ser feliz
Porque eu sou o seu fogo, tudo o que você quis
Sempre que quiser um beijo eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede de me tomar
Se quiser
Sempre que quiser ir às estrelas me dê a mão
Deixa eu te levar

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O que há em mim é sobretudo cansaço (Álvaro de Campos)

O que há em mim é sobretudo cansaço

Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos (15/01/01)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Abaixo o Mundo Virtual

Estou tentando encontrar um sentido válido pra toda essa vida virtual: orkut, msn, twitter, blog e etc.
Alguém pode me dar um motivo pra que eu mantenha tudo isso ativo ?
Essa besteira de orkut, por exemplo, é utilizado com a desculpa de "eu preciso manter contato com meus amigos, encontrei muita gente que eu não tinha mais contato" e blá, blá, blá... mas fala sério, quantos daqueles trocentos "amigos" vc realmente se comunica de verdade pelo orkut ? eu tenho certeza que os seus amigos de verdade vc tem e-mail e telefone, não precisa do orkut.
Será que devo excluir?
E o msn ? não tem uma vez que eu me lembre que ele tenha sido importantíssimo pra falar com alguém. Aliás, eu só entro off line, e falo só quando quero. E também já me trouxe mais aborrecimentos que alegrias.
Então tb devo excluí-lo ?
Twitter nunca me serviu de nada, nem preciso dizer.
Esses sites de relacionamentos servem mais pra alimentar nosso ego do que pra qualquer outra coisa. Colocar minhas fotos (as melhores, é claro) de todos os lugares legais que vou, de todas as festas, dos meus amigos, do meu trabalho; colocar minhas comunidades dizendo como sou a "boazona" nisso ou naquilo, só servem pra mostrar a superficialidade de minha vida, e muita gente se utiliza disso pra aparentar aquilo que não são mas que gostariam de ser.
Eu tenho um preconceito imenso contra as pessoas que se super expõe na internet, vc entra no orkut do indivíduo e só encontra fotos dele mesmo em todos os ângulos possíveis (só os melhores, e com photoshop), e as comunidades ? "eu tenho pegada", "sou inteligente", "os mais lindos", "me odeia? entra na fila", e etc..... Sem contar que o indivíduo passa o dia jogando numa colheita idiota que nem sei o que é. Quando vejo esse tipo, logo penso "mais um idiota sem cérebro". Definitivamente, sou contra esse falso marketing pessoal na internet.
E esse blog ? bom, nem sei porque ainda o mantenho, já quis apagá-lo muitas vezes, mas é que ele me serve de válvula de escape. Deixo aqui minha raiva de vez em quando, e minhas insanidades também, ninguém lê mesmo. As pessoas não querem ler, dá trabalho. Então posso falar qualquer idiotice, quem me conhece já está acostumado e quem não me conhece fica conhecendo.
Queria me desfazer de tudo, tudo mesmo !!! Até do meu celular.
Já me imaginei mil vezes (só hoje) jogando ele num lago bem profundo (até sei qual lago...rs), com chance zero de recuperá-lo. Mas também não consigo me imaginar ficando incomunicável....
o que faço então ? preciso achar um caminho.
Acho que vou começar apagando meu orkut....

sábado, 1 de maio de 2010

A diferença de idade nos relacionamentos

Apesar da novela "Viver a Vida" apresentar como tema central o romance de um homem com uma mulher mais jovem, a diferença de idade nos relacionamentos ainda não é bem vista e aceita pela sociedade. Talvez pelo tema ainda ser polêmico é que ele ganhou destaque no horário nobre da televisão.
Quando nascemos, a sociedade de um modo geral já tem planos e expectativas com relação ao nosso futuro e, conforme vamos crescendo, somos automaticamente "guiados" pelo caminho que nos foi traçado. O único problema disso é que raramente nos perguntam o que queremos da vida, e esperamos para o futuro. É por esse motivo que quando nos relacionamos com alguém que "foge do padrão" que nos foi determinado somos duramente repreendidos e discriminados.
Preconceitos maiores sofrem as mulheres que se relacionam com homens mais jovens. Além de elas terem de lidar com os problemas comuns em qualquer relacionamento, têm de superar o preconceito dos amigos e até da própria família. Para muitas não é fácil enfrentar todos e assumir o relacionamento. Há casos em que ter de superar preconceitos une ainda mais o casal.
O comentário mais comum a respeito da diferença de idade no relacionamento é o clássico "esse relacionamento é puro interesse". E eu concordo com essa frase. É puro interesse sim.
Interesse no amor, carinho, compreensão e afeto que o outro pode lhe proporcionar. Interesse não é somente financeiro. Todo relacionamento, seja entre pessoas do mesmo sexo, de sexo diferente, jovens, idosas, brasileiras ou estrangeiras é baseado no interesse. Só nos "interessamos" por alguém que tem algo a nos oferecer, e esse "algo" pode ser amor, dinheiro, segurança, companheirismo, respeito, compreensão e etc. Então todo relacionamento é uma troca de interesses, já que a outra pessoa também tem interesse por você. Com relação ao interesse financeiro, o preconceito faz com que as pessoas acreditem que ele está presente somente quando há uma grande diferença de idade no relacionamento.
Essa crença é errônea, porque há muitas mulheres de 40 anos interessadas somente no dinheiro de homens de 40, homens de 25 interessados no status e na boa vida de mulheres e 25 e etc. Outro mito a ser superado nessas relações é o de depois de certa idade as pessoas não são mais capazes de despertar a paixão nos outros e nem de iniciar um novo relacionamento. Culturalmente por volta dos 18/20 anos somos "forçados" a começar a busca pelo parceiro (a) ideal, no mais tardar até os 30 anos deve ocorrer o casamento e depois dos 35 morremos como homem e mulher para viver como pai e mãe em período integral.
Os casamentos devem ser preservados mesmo que um não suporte mais o outro. É por esse motivo que todos apontam o dedo para aqueles que escolhem ser felizes independentemente da idade e da fase de vida em que deveriam estar. Na vida o importante é ser feliz e se sentir bem, sem se importar com o que vão falar, ou pensar de você. Procure agradar em primeiro lugar a si mesmo, porque se você se importar somente com os outro terá vivido outra vida e não a sua.

http://yahoo.minhavida.com.br/conteudo/10324-A-diferenca-de-idade-no-relacionamento.htm

domingo, 10 de janeiro de 2010

O Apanhador no Campo de Centeio

Uma amiga me perguntou essa semana quais eram os meus planos para esse ano e eu não tinha resposta, e também não quero fazer planos, isso cansa e deprime. Sempre que planejo coisas esplendorosas acabo nunca cumprindo (grande novidade), então resolvi planejar coisas pequenas mesmos, daquelas coisinhas que ficam na cabeça da gente martelando "tenho que fazer isso, aquilo, etc" e a gente nunca faz. Por exemplo, resolvi que hoje eu ia terminar de ler um livro que comecei à vários meses atrás e ainda não terminei (Anjos e Demônios - não gostei do tipo de leitura, só minha teimosia me faz terminar de ler), mas... vasculhando meus trocentos livros que tenho que ler achei um livro na qual sou apaixonada mas não sei descrevê-lo bem. Uma breve descrição que roubei de um site na internet sobre O Apanhador no Campo de Centeio de J. D. Salinger, me fez entender um pouquinho do porquê desse livro me fascinar e intrigar.


Aí vai uma dica de livro.

Mark Chapman pediu a John Lennon que autografasse uma cópia de The Catcher in the Rye, e no mesmo dia assassinou o ex-Beatle. Um livro para pessoas instáveis e violentas? O bem-sucedido publicitário brasileiro Washington Olivetto sempre tem em sua casa dezenas de exemplares de The Catcher in the Rye para oferecer a amigos e conhecidos. Um livro para pessoas criativas e generosas? O que tem de extraordinário este The Catcher in the Rye (no Brasil, O Apanhador no Campo de Centeio, editado pela Editora do Autor), obra máxima de J.D. Salinger, que atrai legiões de admiradores dos mais diferentes perfis e é cultuado nos mais diversos círculos?Jerome David Salinger, o autor, é uma figura estranha. Nascido em 1919, desde sempre foi avesso à imprensa ou outras formas de divulgação da sua figura, tornando-se paranoicamente recluso. Ainda na época do lançamento de The Catcher in the Rye, na década de quarenta, fez o seu editor prometer que não lhe enviaria quaisquer críticas que fossem publicadas sobre o livro. Reclamou também que a sua foto na contra-capa estaria muito grande. Solicitou que não fosse feita qualquer publicidade do livro aludindo à sua pessoa, alegando que não queria correr o risco de acreditar no que leria.The Catcher in the Rye conta, numa narrativa em primeira pessoa, alguns dias na vida do adolescente Holden Caulfield, que acaba de ser expulso da sua terceira escola bem às vésperas do natal, nos EUA do pós-guerra. Numa linguagem simultaneamente criativa e coloquial (o que dificulta a vida dos tradutores), Caulfield vai revelando, aos poucos, algo sobre o seu passado, sua família e seus conhecidos, ao mesmo tempo em que vagueia por New York pulando de uma encrenca para outra. E, para alguém entediado e deprimido como ele, nada melhor que uma encrenca para manter o interesse.O texto segue a linha joyceana do fluxo de consciência, com as frases jorrando aos borbotões como se saídas diretamente da cabeça do narrador, saltando de um assunto para o outro sem grande cerimônia, parecendo obra do acaso. (Na verdade, tudo isto é planejadíssimo, e existe até mesmo um capítulo no qual, sob uma sutil máscara, é discutido o papel das digressões na narrativa.) Em The Catcher in the Rye o fluxo de consciência funciona particularmente bem, pois permite expressar a instabilidade emocional do protagonista não somente no conteúdo da narrativa mas também em sua forma.Holden Caulfield é ao mesmo tempo o herói e o vilão da história. Vítima de si próprio e de sua sensibilidade ao que o cerca, divertidamente mentiroso, assumidamente covarde, parece buscar uma espécie de redenção ajudando desconhecidos e cultuando sua irmãzinha de dez anos. Mas o que realmente o incomoda é o vazio e a falsidade das pessoas, que por mais promissoras que pareçam sempre acabarão por se revelar como mais uma decepção. Isto não faz de The Catcher in the Rye exatamente uma leitura animadora, mas ainda assim existe algum resquício de inocência e ingenuidade infantil em Holden Caulfield, e também um humor (negro, é claro), que não deixam o livro afundar num poço de pessimismo e depressão.Pode ser que você não resolva oferecer o livro a todos os seus amigos e conhecidos. Mais improvável ainda que depois da leitura você resolva assassinar um astro da música pop. Mesmo assim, The Catcher in the Rye é um daqueles livros que não pode faltar na estante de quem gosta de literatura, pois deixa uma semente de inquietação e a incômoda sensação de que temos em nós muito de Holden Caulfield.