domingo, 27 de janeiro de 2008

Escrever

"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível,é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada."

Clarice Lispector.


Pensando em porquê eu escrevo, li essa frase e quase encontrei a definição pra essa atitude, que acho umas das mais bonitas expressões do ser humano. Essa necessidade que temos de ser compreendidos, de compartilhar com outros um pouquinho de nós, nossos pensamentos, anseios, alegrias e tristezas.
A arte da escrita não deveria ser apenas vista como um passatempo, pra maioria de nós blogueiros é muito mais que isso.
Pra mim é uma palavra que fica enroscada na garganta, um discurso nunca pronunciado que toma forma por essas letras e dão alívio aos pesos subconscientes de meus pensamentos incompreendidos.

Certezas e Dúvidas.

Boa noite amigos queridos !!!

Bom, já é domingo, e eu estava aqui em casa como sempre sem fazer nada, mas hoje me senti um pouquinho "down", resolvi vir escrever a essa hora da madruga !!!
Essa vida é muito louca, hora a gente se sente muito feliz e positivo, super entusiasmado, hora a gente se sente bem pra baixo, como se nada tivesse solução, mesmo que não tenhamos algum problema de verdade (que mereça alguma atenção e no mínimo aflição) sentimos tristeza, que aparece assim mesmo, sem motivos, é muito intrigante isso, às vezes ouço alguém que diz uma frase que conhecemos muito bem, "temos que dar valor à vida, se olhar pra trás vai ver que tem gente bem pior", mas eu acho esse tipo de pensamento muito egoísta e desumano, é necessário você usar alguma desgraça alheia pra se sentir melhor ?
quero me sentir feliz e melhor como pessoa, ajudando o próximo, só não sei como, sei que o caminho, a busca da felicidade consiste no amor, só peço a Deus que me ajude e me dê sabedoria pra que eu saiba praticar esse amor, enquanto isso, continuo nessa busca eterna, por mais certezas e menos dúvidas.


Dúvidas

Como aparece de repente ?
De onde vem ?
tantas perguntas, invasivas,
que entram sem pedir permissão.
Um sentimento de nada saber,
de tempo perdido,
de busca sem alcance.
Uma esperança, uma única,
que às vezes se esvai,
parece que tento agarrar às águas,
mas que me fogem por entre os dedos.
Em certos momentos não se sabe
a diferença entre o sonho e a realidade.
Devo despertar pra essa vida
louca nesse mundo ensandecido ?
ahhh... esse mundo...
esse sonho...
sonho com um mundo melhor,
o total, com significado e propósito,
o meu mundo,
só preciso encontrá-lo.
Sei que está aqui dentro,
só não sei bem como achá-lo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Cidade Vergonha


Boa Noite Amigos !!!

Estou postando um poema de um autor que quase ninguém conhece, eu pelo menos não conhecia. Considerado o maior poeta barroco do Brasil, ocupa a cadeira de nº 16 na academia brasileira de letras.
O interessante nesse poema é que ele é tão atual que não parece que foi escrito há mais de 300 anos.

Sempre imagino e acredito (será muita ingenuidade minha?) na evolução do ser humano, acredito que nossa espécie pode melhorar a cada dia e se tornar mais digna nessa terra, digna de ser chamada "humana", pois ser "humano" significa ser a imagem de Deus, que representa a perfeição, e é esse o objetivo principal, e a vontade de Deus. Vendo esse poema escrito há 300 anos percebo que estamos involuindo.

Me diz você, está evoluindo ?


Cidade Vergonha

Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.

Quem a pôs neste rocrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E no meio desta loucura?... Usura.

Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.
[...]

E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.
[...]

A Câmara não acode?... Não pode.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
É que o Governo a convence?... Não vence.

Quem haverá que tal pense,
Que uma câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.

[Gregório de Matos "epílogos" (1690?)]

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mundo ? estou me mudando !!!

Mundo cruel,
injusto,
hipócrita,
egoísta...
não sou parte dele ?
senão, onde vou viver ?
sou também cruel ?
injusta,
hipócrita e
egoísta ?
o que sou ?
sou aquilo que penso ?
até onde minhas verdades são imutáveis ?
existe uma verdade concreta ?
Onde viver senão nesse mundo louco e indecente ?
acho que vou me mudar pra dentro de mim...
de mala e tudo,
e essa insanidade humana deixo pra fora,
deixo pra esse mundo.

domingo, 6 de janeiro de 2008

O Dom Supremo



Bom Dia meus queridos !!!



Estava pensando o que postar aqui, pois faz alguns dias que me ausentei desse espaço blogueiro, não sei se de repente fiquei sem assunto, ou se me faltou coragem para dar vidas às palavras, mas enfim, aqui estou.
Procurei um texto que achasse fantástico para compartilhar com vocês, e por procurar algo realmente bom, acabei lembrando do maior livro que conheço, a Bíblia, e lembrei do Dom Supremo, o ensinamento deixado por Deus a nós,

O AMOR (CARIDADE).
Acredito ser esse dom a cura pras feridas da humanidade, mas me sinto na pré-história, não chegamos nem perto de saber, quanto mais praticar esse dom divino.
Eis aí o sentido da vida, alcançar o Dom Supremo.



Definição de caridade: é um sentimento ou uma ação altruísta de ajudar o próximo sem buscar qualquer tipo de recompensa. Amor ao próximo; bondade; benevolência; compaixão.
Coríntios 13

A suprema excelência da caridade.


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como metal que soa ou como o sino que tíne.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, se não tivesse caridade, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres,
e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado,
e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.

A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece,

Não se importa com indecência, não buscam os seus interesses,
não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

A caridade nunca falha; mas havendo profecias,
serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.


Mas, quando vier o que é perfeito,
então, o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três; mas a maior destas é a caridade.