segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Estranho

Meus dias são todos iguais.
Exceto por algumas coisinhas aqui, outras acolá, uma verdadeira rotina.
Quero deixar bem claro aqui: Odeio rotina !
Já disse milhões de vezes aqui que tenho vontade de dar uma sumida por esse mundo afora.
Pois bem, hoje estou assim.... denovo... (aff...)




No outro lado de mim, onde se perde meu eu subjetivo enfim,
Uma coisa insiste e não se aquieta em seu lugar
Esse vadio sem nome que vive dentro de mim...
Noite e dia, não cessa de me atormentar!

Na sombra da luz da vida, escondo meu olhar,
Que ninguém saiba que existe um descontentamento...
Lágrimas sufocadas de dentro da alma querem brotar.
Ninguém as vê, nem percebe o meu tormento.

Vadio e arredio!
Meu eu estranho... De mim deves apartar.
Sufoco o grito e as lágrimas sem parar,
E ninguém vê... ninguém ouve... ninguém sabe... ninguém.

Rosane.

Um comentário:

Feänor disse...

Acho que todo mundo odeia a maldita rotina... O pior de tudo é quando você não pode escapar dela, porque tudo lhe parece uma eterna repetição dos mesmos padrões.

E a praxe é exatamente a do teu poema... Sofrer em silêncio, sufocar o martírio e "sorrir" o sorriso amarelo dos descontentes, porque quem ri, seus males espanta. Ou ao menos é o que diz o bordão.

Quando toda uma sociedade se encontra sufocada por um profundo tédio existencial, até que ponto nossa própria cultura ainda é capaz de transmitir significado e significância em suas práticas?

A culpa, sinceramente, não é sua. Ao menos essa é minha opinião. Somos vítimas do sistema, por mais clichê que a frase possa soar.